Voltei recentemente A Casa do Porco para provar o menu degustação desta temporada e gostei mais do que no passado. Achei que a cozinha evoluiu.


O sítio dos chefs Jefferson Rueda e Janaína Rueda tem muito a ver com isto. Boa parte do que é consumido no restaurante – ervas, frutas, vegetais, porcos – vem de lá. É quase uma operação autossustentável.


Alguns pratos fazem excelente uso destes produtos. É o caso das beterrabas com codeguim, sorvete de beterraba amarela, farofa de pão e manjericão. São beterrabas em diferentes texturas e temperaturas, tudo com muito sabor, especialmente no delicioso sorvete.


O ‘peixe de rio’ porquinho frito ganha leveza inesperada com a maionese de pé de porco. Água e terra em harmonia.


O umbigo de porco tem consomé de legumes com sabor potente e complexo.


Já não ligo para alguns dos pratos “clássicos”, como o tartar de porco. A carne carece de acidez e a alga espessa agrega pouco além do visual.
Penso o mesmo sobre o sushi de papada de porco. Questiono se o arroz empapado não está ali apenas como uma apresentação diferente.


O Porco San Zé, é bom, sem empolgar.


Cabe a pergunta se vale visitar a Casa do Porco pelo menu à la carte, que tem o Porco San Zé entre as opções. Além dele, são alguns petiscos, um carré de porco à milanesa e uma massa do dia. O forte é mesmo a degustação.
Por sinal, adorei o trabalho com vegetais. Em alguns pratos, como nas beterrabas e no umbigo, o porco é um ingrediente secundário e praticamente desnecessário. Um menu vegetariano seria bem-vindo.


E quanto custa a brincadeira? Decentes R$ 185 para a degustação.
Se for visitar, recomendo fortemente fazer reserva.


Se não conseguir, vá entre segunda e quarta-feira. E chegue bem cedo (algo como 11h) ou bem tarde (algo como 17h).
E se for para sentar na área externa, de preferência para o almoço. O espaço é mais agradável de dia.
#acasadoporco
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